Palavras: tempestade, nevoeiro, arca, liberdade, disfarce
Era uma vez uma
sereia que vivia triste e sozinha no fundo do mar… Num certo dia de inverno,
decide ir à superfície para ver como corriam as coisas com os humanos, lá na terra.
Ela ficou muito admirada com as decorações de Natal e as luzinhas a piscar,
penduradas nas árvores! Não tinha dado conta que estava a chegar o Natal. Ficou
triste e pensativa! Afinal, não tinha ninguém com quem pudesse festejar e
trocar presentes. Decide regressar a casa.
De volta ao seu
mundo, repara que se avizinha uma tempestade, e seria brava, pois até as
gaivotas estavam a regressar para terra. Estava nesses pensamentos, quando, de
repente, repara num barco com jovens pescadores e interpela-os, aflita:
- Rapazes, é melhor
regressarem a casa! Vem aí uma tempestade e das grandes!
- Estão a ver o
que eu vejo? -pergunta um dos pescadores.
- Eu não vejo nada!
- diz o António!
-Eu também não. - confirma
o João!!
- Estás a ver coisas!
- troça o Manel.
- Estou a ver
muito bem, é uma sereia!!! E muito bela por sinal! E está a falar para nós. Diz
para irmos embora…
- O nevoeiro está
a deixar-te confuso, deve ser alguém com um disfarce e que quer gozar connosco!
Em tantos anos de pescador, nunca vi uma sereia! Há lendas, mas elas nunca apareceram.
- continua o Manel.
De repente, vem
uma onda e engole o barco. A sereia nada em direção ao lugar onde o barco
desapareceu e socorre os pescadores, desmaiados, para a sua casa.
Passaram -se dias,
quando acordaram, mas estavam presos numa arca…
Um dos pescadores,
o Manel, dirigiu-se à sereia e implorou:
- Deixa-nos ir
embora, sabes que não podemos estar muito tempo debaixo de água e as nossas
famílias estão preocupadas com a nossa ausência.
- Eu já estava a
habituar-me a ter companhia e a tomar conta de vocês, mesmo dentro dessa arca!!
Eu sinto-me sozinha aqui em baixo, não tenho com quem falar, nem amigos. - desabafou a sereia.
- Se nos
libertares, podes ir passar a noite de Natal connosco, teremos todo o gosto que
te juntes a nós. Aliás, poderás ir sempre que te apetecer. - pede o António.
- Vocês querem ir
embora em liberdade e não querem saber mais de mim, aqui no fundo do mar,
triste e sozinha, sempre com medo de aparecer, pois vocês humanos não acreditam
que eu existo! Eu bem vos avisei que vinha a tempestade e não quiseram saber. -lamenta
a sereia tristíssima.
- Podes ir já, se
quiseres. Arruma as tuas coisas e vem! Vais ver que vais adorar, podes morar
connosco e com a nossa família! Quando sentires saudades do mar, vais à pesca
connosco e vens a tua casa! Como te chamas? - pergunta o João, que estava
fascinado pela sua beleza.
- Sou a Dalila.
Será que posso ir com vocês? Como poderei viver na terra?
- Tal como nós estivemos
estes dias aqui, também tu podes vir connosco, só temos que levar a tua arca! Quando
precisares, entras nela e descansas. - propõe o Manel.
A sereia arrumou a
mala e partiram. Foi o melhor Natal de todos! Eram uma família feliz e unida. A
sereia Dalila parecia já humana…
Sofia, 8º E e a
mãe
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