A ladra de abóboras

 

PALAVRAS: abóbora, fadinha, varinha, habitantes, quinta

    ‘’ A Ladra de Abóboras ‘’

 

Num lindo dia de sol, fomos descobrir uma abóbora, laranjinha e rechonchuda, numa quinta enorme que pertencia ao Sr. Joaquim.
          Estava este a colher, certo dia, a abóbora no seu campo, quando entra pela sua quinta a dentro uma bela e singela fadinha. Surpreendido com aquela estranha visita, logo se apressou a perguntar:
         - De onde vieste tu, fadinha?

         - Eu vivo numa grande e antiga floresta, mas, como vivo só, resolvi dar um passeio e, graças à minha varinha mágica, vim parar a este maravilhoso campo que, por sinal, está recheadinho de coisas boas, frutas legumes, mel, tudo o que alguém deseja para fazer ótimos manjares! – respondeu ela com os olhinhos a piscar de tão gulosa e comilona que é.
         - Ok, pregaste-me cá um susto em aparecer assim! – exclamou o homem já convencido.
E, sem se aperceber, a fadinha já estava ao lado dele. Se rápido chegou, rápido fugiu, mas agora com a abóbora que o agricultor tanto estimava pela sua grandeza e beleza, admirada por todos os habitantes da aldeia.
          Sem acreditar no que acabava de presenciar, o senhor Joaquim exclamou:
          - Que fada má! Roubou-me a minha única abóbora!

           No dia seguinte, resolve ir à procura da sua abobrinha, a única que vingou de tantas que semeou, porque a chuva, nesse ano, foi tanta que nem chegaram a nascer.
Chegou, então, a uma floresta com muitas árvores e, ao aproximar-se de um arbusto, vê a fada com a sua abóbora e pergunta-lhe:
          - Porque me roubaste a minha única abóbora?
          - Como sabes, este ano a chuva foi muita e eu não armazenei nada para o inverno e, como não tinha comida, esta abóbora veio dar-me muito jeito para eu fazer uma comidinha! – respondeu-lhe a fadinha envergonhada.
           - Desculpa, não sabia que não tinhas comida, mas se ma tivesses pedido eu dava-ta, não era necessário roubar-ma. – respondeu-lhe o senhor, menos zangado.
            A fadinha concordou com o senhor Joaquim que, refeito do roubo, desculpou-a. Já amigos, volta para a sua quinta, pretendendo, nos próximos anos, continuar a plantar as suas abóboras. 

Leonor Fernandes, 8º E