Palavras: azar, dote, avarento, trovoada, tapete
Numa certa manhã de primavera, uma
linda rapariga chamada Sofia decidiu dar um passeio pela floresta, mas o que
ela não esperava era que, nesse dia e àquela hora, uma bruxa estivesse a
passear pelo mesmo lugar, à procura de ingredientes para uma poção. Durante o
passeio, começou a formar-se uma grande trovoada e Sofia teve de se recolher
numa casa que encontrou na floresta que, por coincidência, era a casa da bruxa.
Por fora, a casa parecia ser muito velha. Bateu a porta e uma voz do interior disse-lhe para entrar e ela entrou. Reparou, de imediato, num grande tapete à entrada, muito gasto e velho. Ao fundo, sentada numa cadeira, em frente à lareira, estava uma velhinha e, ao seu lado, estava um banco, também ele velhinho, no qual ela se sentou, depois de ver a visita, mas, para seu azar, uma das pernas do banquinho partiu e ela caiu.
Sofia riu com aquele episódio
comovente, mas insólito. Pouco tempo depois, e já dentro da casita, a velhinha
convidou a Sofia para lanchar e ela aceitou.
Depois de
lancharem, Sofia teve de voltar para casa porque já estava tarde e a trovoada
já tinha passado. Assim que chegou em casa, os pais dela perguntaram-lhe onde
ela tinha passado o dia e ela contou tudo o que se tinha passado. O seu pai não
acreditou que tal velhinha a pudesse ter ajudado, porque, como ele é uma pessoa
muito avarenta, pensa que todos são como ele, que não gostam de ajudar os
outros.
O pai de Sofia era
uma pessoa muito tradicional na maneira de pensar, sobretudo no que dizia
respeito aos costumes. Como o seu pai era muito avarento, estava difícil
arranjar um noivo para a Sofia, dado que, nessa época, era normal o pai da
noiva dar um dote ao futuro marido da filha. O pai queria escolher o noivo, mas
Sofia gostava de uma outra pessoa, mas de um nível social mais baixo, isto é, sem
“eira nem beira”.
Sabendo das
intenções do pai, Sofia fugiu de casa e acabou por ir para casa da velhinha, a
tal bruxa que ela conheceu na floresta. Esta ameaçou o pai de Sofia para a
deixar em paz.
Sofia acabou por
ir ao encontro da pessoa de quem ela gostava. Conheceram-se e, mais tarde,
noivaram. A casa da bruxa passou a ser o lar de Sofia. Esta era a filha que ela
nunca teve.
Bárbara, 8º E e pais
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