Palavras: “Figueira”, “Sr. Joaquim”, “Heróis”, “Sorte” e “Cinza”.
Era
uma vez um bondoso homem que vivia com a sua mulher numa casa muito bonita, que
ficava situada em Penafiel, Portugal. Esta casa era rodeada por jardins cheios
de cor e plantas de todo o tipo. Era o Senhor Joaquim e a D. Rosa, a sua
mulher, que cuidavam deles.
Todos os dias pela manhã, o Sr. Joaquim regava
os jardins, mas, um dia, enquanto realizava esta tarefa, reparou que a sua figueira
estava repleta de figos já maduros, o que era muito estranho porque era início
de primavera e as figueiras só costumam encher-se de figos, prontos para comer,
pelo outono. O senhor Joaquim ficou admiradíssimo com o que viu e não queria
acreditar no que estava a acontecer. A dona Rosa, como não ouvia a água a
correr, decidiu ir ao jardim ver o que se passava e, olhando para a figueira, também
ela ficou parada e pasmada, tal como o Sr. Joaquim, com o que estava a observar.
Depois
de conversar com a sua mulher sobre este fenómeno invulgar que estava a ocorrer
no seu jardim, o senhor Joaquim decidiu seguir o conselho da esposa e ligar
para o palácio real para falar com o rei, pois este, era uma pessoa sábia e com
certeza poderia ajudá-lo a compreender o que estava a passar no seu jardim com
a sua figueira. Após falar com o secretário do rei, o senhor Joaquim foi até ao
seu carro e conduziu-o até ao palácio, para uma entrevista com o rei, seguindo
o conselho da sua esposa.
Quando chegou ao palácio, foi levado até ao
gabinete do monarca e tiveram uma longa conversa. Enquanto o senhor Joaquim
contava o sucedido, o rei olhava-o sem acreditar no que este lhe dizia e, apesar
de toda a sua sabedoria, considerava que a história que ele lhe estava a contar
era impossível de ser real, mas quando o Sr. Joaquim lhe mostrou uma fotografia
da figueira, ficou pasmado sem saber o que dizer. Chamou então os botânicos do
palácio que acompanharam o senhor Joaquim até ao seu jardim, a fim de observarem
o estranho acontecimento que tinha ocorrido com a sua figueira.
Chegados ao jardim, também eles
ficaram pasmados com tal acontecimento e decidiram recolher folhas, figos,
bocados do tronco e da raiz que, devido à idade da figueira, já se encontrava
fora da terra. Recolhidas as amostras, abandonaram a casa, prometendo ao senhor
Joaquim que iam descobrir o que se estava a passar.
O senhor Joaquim entrou em casa e,
enquanto jantava, contou tudo o que tinha acontecido durante a tarde à sua
mulher, que o ouvia com muita atenção. Depois de jantar, sentou-se no sofá a
ver o filme “Os Heróis de Telemark”, acabando por adormecer.
No dia seguinte, o senhor Joaquim
levantou-se muito cedo, pois não tinha conseguido dormir à conta da história da
figueira. Depois de tomar o pequeno-almoço, caminhou até ao jardim e fez o
habitual, regou as suas plantas e, enquanto as regava, cantarolava músicas
portuguesas, mas tendo sempre na mente o estranho fenómeno da sua figueira. Foi
após o almoço que recebeu uma chamada do palácio a pedir para se dirigir ao
mesmo. Muito curioso com o que os botânicos tivessem descoberto, o senhor Joaquim
rapidamente chegou ao palácio e foi levado até ao Jardim Botânico, onde se
encontrava o rei e os botânicos reais. Quando lá chegou, foi informado que a
sua árvore estava infetada com um organismo denominado “Bacteranix”. Esta
infeção era provocada por um fungo que fazia com que as árvores dessem frutos
durante todo o ano, mas que não podiam ser consumidos pelos seres humanos. Também
foi informado que teve muita sorte pelo facto de a infeção não se ter alastrado
a outras plantas e árvores de fruto. Por fim, foi aconselhado a cortar a
figueira para que a infeção não se alastrasse ao resto das árvores do seu
jardim e às dos jardins vizinhos. O senhor Joaquim ficou muito triste
pois esta árvore já tinha quase trinta anos e tinha sido plantada pelos seus pais
que, infelizmente, já tinham falecido.
Mais tarde, chegou a casa e contou a
descoberta dos botânicos à sua mulher que ficou igualmente muito triste. Ligaram,
então, para um amigo que trabalhava a cortar árvores de grande porte.
Quando
o trabalhador rural chegou, a dona Rosa e o senhor Joaquim levaram-no até à figueira
que, depois de algum tempo, começou a ser cortada. O casal observava tudo à
distância, com muita pena do acontecido, pois a figueira tinha um grande valor
sentimental.
Depois
de a árvore ser cortada, foi queimada, restando no local um monte de cinza.
O casal ficou muito triste por ter de cortar a árvore, mas, ao mesmo tempo,
aliviados por o fungo não ter infetado outras plantas e árvores.
Passado algum tempo, a dona Rosa e o senhor Joaquim criaram a maior empresa de árvores de Portugal que cuidava de árvores que, tal como a sua figueira, tinham sido infetadas com o “Bacteranix” e outros fungos e bactérias. O casal decidiu criar esta empresa para ajudar a Natureza, porque cuidar da Natureza é uma missão de todos nós.
Beatriz Pereira, 7ºG
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