Palavras:
Feiticeira, Corcunda, Ladrão, Montanha e Dragão
Há muitos, mas muitos anos, num velho
castelo que se situava em cima de uma alta montanha, conhecida como a Montanha
do Dragão, vivia uma nova rapariga, protegida pelo seu fiel Dragão, falante,
Manuel.
A Menina não podia sair do seu castelo, porque quando
era mais nova lhe tinha sido lançada uma maldição que, segundo uma velha
profecia, se saísse algum dia do seu castelo no mesmo momento passava de uma
bonita e nova rapariga a uma velha e feia corcunda.
Certo dia a Menina estava à varanda de seu castelo a
falar com seu Dragão e disse o seguinte:
- Manuel, eu faria de tudo para poder sair deste velho
castelo, mas não me quero tornar numa velha e feia corcunda. – Lamentou-se.
- Mas, Menina, sabe que isso não poderá acontecer. –
Desculpou-se.
- Manuel, e se procurássemos alguém par desfazer a
velha profecia. Sei lá…, tipo uma feiticeira, de certeza que há uma boa o
suficiente neste mundo. – Disse a Menina entrando em desespero.
- Já falei com todo o tipo de criaturas mágicas
possíveis, incluindo duendes e fadas, que são as criaturas mais sábias e que
conhecem todo o tipo de feitiços, artefactos mágicos, bruxas e feiticeiras
possíveis e ninguém conhece feiticeira suficientemente boa para desfazer a
velha profecia. – Manuel afirmou mais calmamente.
- Quem terá sido a alma maldosa que criou profecia tão
bem feita que ninguém a consiga desfazer? – Perguntou.
- Eu não lhe contei? – Perguntou Manuel, admirado.
- Não me contou o quê? – Perguntou a Menina.
- Noutro dia estava à conversa com a Fada Hidra e ela
contou-me que tinha sido o próprio Merlim que teria criado a profecia. –
Afirmou Manuel, como se nada fosse.
- Mas a minha pergunta agora é. Porque Merlim teria
criado profecia tão maldosa? – Perguntou a Menina.
- Isso eu já não sei, mas o velho Duende, Sirius, já
dizia que Merlim era um bruxo muito malvado e ambicioso, por isso, muito
provavelmente, foi para se vingar de alguém. – Esclareceu.
- Estou a ficar com fome, vou entrar. – Disse a menina, terminando a conversa.
No mesmo instante que a menina entrou no castelo,
ouviu-se um grande estrondo na porta das traseiras. A Menina estava agora em
perigo, algum ladrão tinha vindo à procura das grandes riquezas do castelo. A
Menina, corajosa como era, confrontou logo o ladrão, usando os seus poderes de
gelo e a sua varinha, mas mesmo assim não resultou, o ladrão tinha uma arma. Então
não tendo mais opções ,a Menina, esquecendo-se da profecia, saltou para cima do
seu dragão, saindo, finalmente, depois de tantos anos da grande Montanha.
Depois de muito voar, finalmente pousaram em terra e
foi ai que o Dragão reparou que a profecia era de facto verdadeira e que se
tinha realizado:
- Tenho muita pena em dar-lhe esta notícia, mas, de
facto, a profecia realizou-se e a Menina passou de um linda e nova rapariga a
uma velha e feia corcunda.
- Ahhh! – Gritou a menina. – Agora o que eu mais quero
é conseguir encontrar alguma feiticeira boa o suficiente para desfazer o
feitiço, nem que seja a única e última coisa que eu faça de interessante na
minha vida! – Afirmou determinada.
- Não se preocupe, eu ajudá-la-ei nesta missão. –
Disse o Manuel, tentando acalmar a Menina.
- Obrigada, Manuel, agora vamos fazer-nos ao caminho
que não temos o resto da vida! – Disse impaciente.
Eles voaram durante dias, talvez semanas ou até meses,
até que um dia os dois, cansados e com fome, deram conta que tinham ido da
América do Sul até à Ásia, mais propriamente, Japão, o reino das criaturas
mágicas, dos ninjas, dos gigantes, das bruxas, da feitiçaria, das fadas e dos
duendes mais sábios. Era lá onde vivia o Duende Draco e a Fada Andrómeda, dois
amigos de infância do Manuel.
No Japão, ficaram hospedados no Hotel para criaturas e
todo o tipo de espécies, onde no seu primeiro pequeno-almoço encontraram os
amigos de infância do Manuel, Draco e Andrómeda. No mesmo instante Manuel
decidiu apresentar os seus amigos à Menina:
- Então, menina, estes são o Draco e a Andrómeda e
eles podem ajudar-nos a encontrar uma feiticeira para quebrar a profecia.
- Oh, a sério! Eu adoraria, espero que nos demos bem. –
Afirmou a Menina.
- Bom, Menina, eu e a minha colega Andrómeda, vamos
ajudar, mas, antes, precisamos de saber o que lhe aconteceu. – Disse Draco.
- Então, quando eu era mais nova, uma bruxa lançou-me
uma profecia que dizia que, se eu saísse do meu castelo, tornar-me-ia numa
velha e feia corcunda, como se pode ver.
Depois de terem contado tudo o que tinha acontecido nos
últimos dias ao duende e à fada, os dois disseram que conheciam alguém que
poderia quebrar finalmente a profecia:
- Manuel, e quem a seria pessoa com tamanha inteligência para
quebrar uma profecia criada por Merlim? – Perguntou a Menina a Manuel.
- Isso eu não sei, Menina, mas Draco e Andrómeda devem
saber. – Afirmou.
- Claro que sabemos. Não é verdade, Andrómeda? – Disse
Draco.
- Isso mesmo, a feiticeira Lisete sabe, de certeza,
acabar com a profecia. – Esclareceu Andrómeda.
- E onde mora tamanha inteligência? Para podermos
acabar com isto mais cedo. – Perguntou a Menina com pressa.
- Mora na zona sul, só o Draco sabe onde se localiza.
- Esclareceu Andrómeda.
- Então, como vamos para lá, Draco? – Perguntou Manuel.
- No nosso escritório há uma chave do portal que nos
permite irmos diretos para zona, Manuel, e aí vamos diretos para o laboratório
dela. – Disse Draco.
- Então do que estamos à espera? O Manuel leva-nos até
ao vosso escritório. – Apressou-se a Menina.
- Vamos, subam todos. – Disse Manuel.
Ao montarem todos no Manuel, foram até ao escritório
de Draco e Andrómeda para viajarem através da chave do portal para irem até a
zona sul. Ao chegarem à zona sul foram até ao bar “Criaturas Traiçoeiras”, onde
as criaturas mágicas daquela zona se reuniam para conviver umas com as outras. Nesse
bar havia uma misteriosa porta que Manuel e a Menina estavam muitos curiosos
para saber o que estava atrás dela.
- O que se situa atrás daquela porta, Draco? –
Perguntou a Manina ao Duende.
- Atrás daquela porta fica o laboratório da feiticeira
Lisete, a feiticeira que nos vai ajudar. Vou pedir a chave ao Troll Barman. –
Esclareceu Draco.
- Boa tarde, Troll, dê-me a chave do laboratório de
Lisete. – Pediu Draco.
- Muito boa tarde, senhor Draco, preciso de lhe
perguntar qual o motivo da sua visita.
- Uma Menina veio de terras da América do Sul para
quebrar uma profecia. – Draco esclareceu o Troll.
- Sendo assim, aqui têm. – Falou o Troll, entregando a
chave a Draco.
Quando Draco voltou com a chave, a Menina só conseguia
pensar com seria a feiticeira Lisete. Seria nova, velha, bonita, feia, loira ou
morena? Mas, lá no fundo, a menina esperava que Lisete fosse uma velha cheia de
verrugas. Draco abriu a porta velha, e menina ficou surpreendida com
a beleza da Feiticeira Lisete:
- Draco, Andrómeda, a que devo a visita? – Perguntou
Lisete, entusiasmada.
- Viemos de norte para quebrar uma profecia lançada a esta Menina que veio de terras Sul Americanas. – Esclareceu Andrómeda.
- Oh, claro, muito prazer em conhecê-los! Eu sou a
Lisete. – apresentou-se a feiticeira à Menina e ao Manuel.
- O prazer é todo meu, espero que consiga quebrar a
profecia que me foi lançada. – Agradeceu a Menina à Lisete.
- Claro que consigo. – Disse Lisete, relaxando a
Menina. – Eu já não via uma profecia criada por Merlim há muito tempo, deve ter
sido por isso que ninguém a tenha conseguido quebrar, mas eu tenho a poção e o
feitiço perfeitos para conseguir quebrar a profecia.
- Então do que estamos à espera, vamos é quebrar a
profecia. – Apreçou-se Manuel.
- Isso mesmo, entrem, que eu vou fazer a poção para a Menina
beber. – Pediu Lisete.
Depois de entrarem no laboratório de Lisete, a Menina
bebeu a poção que a feiticeira lhe deu e, depois disso, os efeitos começaram a
aparecer. A Menina deixou de ser corcunda, mas ainda continuava uma velha. Ainda
precisa que lhe lançassem um feitiço para voltar a ser completamente uma bonita
e nova rapariga:
- Agora vai ter que ficar muito quieta para eu lhe
poder lançar o feitiço para voltar a ser uma bonita e nova rapariga, Menina. –
Afirmou Lisete.
- Ok. – Agradeceu a Menina.
Lisete, logo a seguir, lançou o feitiço à Menina que passou, no mesmo momento, a uma bonita e nova rapariga:
- A menina, finalmente, pode voltar ao seu castelo e viver
normalmente com Manuel, mas, de horas enquanto, ligue-me para poderemos falar. – pediu Lisete à Menina.
- Não se preocupe, eu ligarei e também desfrutarei
muito da minha liberdade, finalmente, já que agora já posso sair do meu castelo
sem me verem como uma velha e feia corcunda. – Finalizou a Menina.
Depois disso, a Menina, o Manuel, o Draco e a
Andromeda dirigiram-se novamente para o hotel para, depois disso, irem de novo
para terras sul americanas:
- Adeus, Draco! Adeus, Andrómeda! Foi bom rever-vos. –
Despediu-se o Manuel dos seus amigos de infância.
- Adeus, Manuel! Adeus, Menina, façam boa viagem. –
Desejou Andrómeda.
A viagem para casa foi tão calma que nem pareceu que
tinham viajado o mundo inteiro. Chegaram a casa os dois cansados, mas muito felizes por terem finalmente conseguido quebrar a profecia lançada à Menina
e, agora, ela poderia andar à vontade, por onde quisesse, que não se
transformaria numa velha e feia corcunda.
Manuela, 8º E
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