terça-feira, 1 de novembro de 2016

Nós somos a rebelião,

Nós somos a rebelião,
            Produto de uma eterna solidão,
            A tentar compreender os porquês,
            A tentar compreender os pecados,
            E os milagres.

            Nós somos aqueles de que ninguém fala,
            Aqueles de que ninguém se lembra,
            Nós somos pessoas simples,
            Só queremos pertencer.

            Nós andamos numa demanda
            Pela imortalidade.
            Aqui, momentos de fraqueza
            Não são permitidos.
            Gritamos as nossas frustrações
            Nos campos dos omnipresentes.
            E olhamos com olhos esperançosos,
            O restrito fruto da paixão.

            Nós derramamos lágrimas de amor,
            De tristeza, ódio, ingenuidade.
            E depois só nos resta da saudade
            dos fantasmas do futuro.

            Nós somos as eternas crianças,
            Os eternos caçadores de sonhos.
            Guerreiros quebrados do dia a dia,
            Que depois de usados e feridos,
            Apenas nos falta cantar,
            A melodia que a fénix entoa.
           


Maria Rita Azevedo; nº14; 7ºG


Enviado pela professora Vera Casinhas

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