quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

DIA DOS NAMORADOS


DIA DOS NAMORADOS - leituras de amor e de amizade são as propostas de leitura do nosso KIT DA LEITURA








segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Histórias de m@o em m@o - (não selecionada),


Histórias de m@o em m@o
Capítulo II
            Os três dias começaram a contar. Cada dia, cada hora, cada minuto parecia demorar uma eternidade a passar. Os amigos estavam todos tão ansiosos pela revelação dos resultados do concurso que nem conseguiam aguentar a espera.
            Até que, finalmente, chegou o grande dia. Mal acabara a aula de história, os alunos já se encontravam ao redor da professora, curiosos por conhecer o vencedor.
            Os cochichos que se ouviam pela sala foram interrompidos pela voz da professora, que anunciou:
            - A vencedora é a … Carla!
            Perante a euforia da aluna anunciada, os restantes colegas não conseguiam evitar transparecer um profundo desânimo. Sensibilizada com a tristeza dos seus alunos, a professora decidiu recompensá-los pelo esforço e empenho que haviam demonstrado na realização dos trabalhos e tomou a iniciativa de ir falar com a diretora da escola com o objetivo de conseguir levar os seus alunos a uma viagem de estudo cujo destino seria escolhido pela aluna vencedora.
            Mais tarde, já no gabinete da diretora, a professora de história mandou chamar a Carla. Muito assustada, a aluna dirigiu-se ao gabinete sem perceber muito bem a razão pela qual tinha sido chamada.
            A diretora começou por felicitá-la por ter vencido o concurso da turma e explicou-lhe que ela teria a honra de escolher o destino de uma viagem que a sua turma realizaria. Entusiasmada, a Carla sugeriu a Holanda uma vez que já conhecia este país mas, ainda assim, continuava a suscitar-lhe muita curiosidade.
            No momento seguinte, Carla dirigiu-se à sala apressadamente. Não cabia em si de contente. Que orgulho! O trabalho dela valera-lhe uma viagem para toda a turma! Mas… como convenceria os colegas de que o destino ideal seria mesmo a Holanda?
            Quando entrou na sala, os colegas aperceberam-se de que o rosto de Carla irradiava felicidade.
            - Tenho uma ótima notícia para vos dar.- informou Carla animada – A diretora da escola acabou de me informar que a nossa turma ganhou uma viagem.
            - Que dia é hoje? 1 de abril? - ironizou Zé Miguel.
            - Está bem, está! Brinca mais, brinca! - comentou a Ana.
            - Mas afinal onde vamos?- perguntou David.
            - À Holanda... - respondeu a medo Carla com receio da reação dos colegas.
            - Eu já sabia! - exclamou Pedro - De certeza que foi ideia tua. Não percebo esse teu fascínio por esse país!
            - Por razões óbvias! Então não sabem que é um país maravilhoso com paisagens de cortar a respiração?! Quem nunca ouviu falar nos campos repletos de tulipas?- interrogou Carla.
            - Ah pois é! - lembrou-se o Nuno - Tenho um primo que já me mostrou várias fotos lindíssimas tiradas na Holanda.
            - Continuo sem perceber essa opção - teimou Pedro.
            - Porque se trata também de um país riquíssimo a nível artístico e cultural - explicou pacientemente a Carla e continuou muito entusiasmada - Sabiam que grandes artistas como Van Gogh ou Frans Hals eram holandeses?
            Tinha conseguido finalmente captar a atenção dos colegas, que a ouviam atentamente.
            - Mas Frans Hals nasceu na Bélgica! - contrapôs Pedro com ar sarcástico.
            - Tens razão. - admitiu Carla - Mas ele foi viver para a Holanda com apenas três anos.
            O interesse nos rostos dos colegas era agora evidente. Carla decidiu assim jogar a cartada final:
            - Não nos podemos esquecer também que foi na Holanda que Anne Frank e a sua família se esconderam aquando da Segunda Guerra Mundial.
            - Mas não foi na Alemanha?- interrogou Pedro.
            - Não, se estivesses atento às aulas de Português saberias que Anne Frank nasceu em Frankfurt, na Alemanha, mas foi para a Holanda quando tinha apenas quatro anos pois a sua família procurou fugir ao ódio que os alemães começavam a demonstrar pelos judeus - interveio a Ana.
            - Pois foi, já me lembro! - exclamou David que até agora permanecera calado - e depois de  ter estado escondida dois anos por causa da perseguição dos nazis foi descoberta e levada para o campo de concentração de Auschwitz onde morreu - continuou.
            - Não foi aí que ela morreu - interrompeu Miguel prontamente - Anne e a sua irmã Margot foram levadas para Bergen-Belsen, na Alemanha, onde acabaram por morrer, vítimas de tifo.
            - Então o que é que há na Holanda que tenha assim tanto interesse relacionado com Anne Frank? - perguntou cético o Zé Miguel.
            - A casa de Anne Frank é um museu biográfico localizado em Amsterdão, capital do Países Baixos - esclareceu Carla.
            Um silêncio percorreu toda a sala. Momentos depois, sem se conseguir controlar mais, Zé Miguel levantou-se e dirigiu-se à Carla dizendo-lhe:
            - Olha, Carla, eu sei que és tu a escolher o destino da nossa viagem, mas, visto que já foste à Holanda no verão passado, porque não optas por outro país e outro continente?  
            - Deixa-me adivinhar! Aposto que estás a pensar num país de África. - respondeu Carla despeitada.
            - Claro! - confirmou prontamente Zé Miguel, e continuou sem demonstrar ter reparado no tom da colega - E até te poderia sugerir Marrocos.
            -  Marrocos! - exclamaram em coro vários alunos - Uau! Seria fantástico!
            Carla ainda hesitou por longos momentos pois não queria abandonar a sua ideia inicial. Mas por fim, deixou-se convencer.
            - Ok, vamos então para Marrocos - concordou ela finalmente.
            Uma semana depois embarcaram rumo a Marrocos. Carla deixou-se contagiar pela felicidade dos colegas. Dentro de uma hora e meia já estavam no continente africano. Era tudo tão diferente, tão mágico que parecia ter saído de um conto de fadas. As cores eram vivas e deixavam as pessoas de bom humor só pela sua vivacidade. Os cheiros das especiarias e dos perfumes eram reconfortantes e agradáveis. Estavam todos estupefactos com aquele sítio maravilhoso. Ninguém conhecia aquele país, era tudo uma novidade.
            - Que giro! Ainda bem que me convenceram a escolher este destino - comentou Carla animada.
            - Pois é. A minha ideia foi mesmo genial! - retorquiu orgulhoso Zé Miguel. - E aposto que a comida também é ótima! -  acrescentou, soltando uma gargalhada em conjunto com os seus amigos.
            Era o primeiro dia ali, e já estava tudo a ser tão divertido que não podiam esperar pelos outros dias. Seguiram para o hotel onde iam ficar durante aquela semana. Era mesmo bonito! Tinha uma piscina enorme no centro de um jardim cheio de flores coloridas e muito cheirosas que ninguém conhecia. Os quartos eram grandes e muito confortáveis. Todos se acomodaram e foram dormir depois do jantar.
            No dia seguinte, tomaram o pequeno-almoço e partiram cedo para o deserto do Saara.
            -  Será que vamos ver algum camelo?- questionou Nuno.
            -  Por acaso, acho que vamos andar em camelos pelo deserto. - informou a Ana.
            -  A sério? Sempre quis andar num camelo! - comentou muito entusiasmado Nuno.
            - Estás a falar a sério? - interrompeu Zé Miguel - Pensei que íamos, apenas, caminhar pelo deserto. Mas, andar de camelo é muito melhor.
            - Concordo - disse David sorrindo.
            Quando chegaram ao deserto, viram um grupo de camelos que esperava por eles juntamente com os guias do passeio. Era de manhã, mas mesmo assim estava muito calor, o que não incomodava ninguém, pois estavam todos muito empolgados. Cada um subiu para o seu camelo e começaram a sua visita. Subiram dunas gigantescas, tiraram várias fotografias belíssimas da paisagem e divertiram-se imenso com os camelos.   
            Já no autocarro de volta ao hotel, os amigos conversavam:
            - Gostei tanto! - comentou Ana.
            - Também eu! - concordou Carla com a amiga.
            - Por acaso, também gostei - disse Zé Miguel - mas acho que vou gostar mais de ir visitar o centro da cidade.
            - Eu também acho - replicou David.
            Quando chegaram ao hotel, alguns foram dar um mergulho à piscina, que estava incrivelmente fresca, o que era espantoso, pois estava muito calor na rua, e outros foram passear pelos jardins que rodeavam a piscina. Lá puderam ver flores com cores tão vibrantes que dava vontade de sorrir só de olhar para elas.
            - Estava tão maravilhada a ver as flores do jardim, que nem me lembrava que já era hora de jantar - contava Carla aos seus amigos enquanto se dirigiam ao restaurante do hotel.
            Mal entraram por aquela portas, sentiram logo um cheiro que os abraçava por dentro e lhe fazia crescer água na boca. Então, deliciaram-se todos com aqueles sabores intensos e exóticos. Depois foram dormir pois no dia seguinte tinham uma nova aventura à sua espera.
            De manhã, quando estavam a caminho, os professores anunciaram que eles iam a um vale onde podiam ver oásis de palmeiras, rios e cursos de água límpidos.
            Já no vale apenas entravam os raios de sol mais persistentes, o que fazia com que fosse muito mais fresco ali do que nos outros sítios. A água dos rios era fresca e cristalina. De vez em quando, podia-se avistar um oásis de palmeiras.
            No final do dia voltaram para o hotel e aí a professora veio ter com eles, para anunciar o destino do dia seguinte:
            - Bom, amanhã iremos a um sítio muito especial. Eu sei que muitos de vocês estão à espera deste dia. Nós iremos ao centro da cidade.
            - Finalmente! - disseram os amigos em coro.
            Nessa noite ninguém pregou olho. Estavam todos tão entusiasmados que nem conseguiam adormecer. De manhã, ninguém reclamou com o facto de terem de acordar tão cedo.
            Hoje iam visitar vários sítios e andar a pé pelo centro da cidade. A primeira paragem que iam fazer era num jardim mesmo no centro da cidade. Tinha mais tipos de flores e plantas do que algum deles imaginara que existisse. Tinham cores vibrantes e encantadoras, que combinavam com os aromas relaxantes.
            Quando saíram dali, foram pelas estreitas ruas, umas sem saída, outras tão apertadas que tinham que ir em fila.
            A segunda paragem era uma mesquita grandiosa, imponente e decorada com azulejos.
            - Uau! Nunca tinha estado numa mesquita! - dizia David, encantado com tanta beleza.
            Antes de entrarem, as raparigas tiveram de cobrir os ombros. Ana ficara confusa com tal coisa, mas Carla explicou-lhe que naquela cultura não era permitido que entrassem em mesquitas, santuários e outros sítios sagrados com os ombros e pernas muitos destapados.
            De seguida, foram comer a um restaurante típico. Tinha várias lâmpadas e velas para iluminarem o ambiente e alguns tapetes e sofás com texturas e padrões que tornavam aquele espaço muito acolhedor e ao mesmo tempo misterioso.
            Durante a tarde, foram passear pelas ruas onde havia imensas tendas. Vendiam de tudo um pouco. Quando chegaram ao hotel, os amigos sentaram-se a mostrar as recordações que tinham comprado:
            - Eu comprei estes brincos com estas pedras vermelhas! - dizia Ana admirando a sua joia.
            - Eu comprei este quadro pintado à mão! - mostrou David.
            - É tão giro! Também queria um! - comentou Ana admirando o quadro do amigo.
            De repente o Zé Miguel e o Nuno levantaram-se e saíram do hotel. Passados cerca de cinco minutos, voltaram com um globo pequeno para cada um dos colegas.
            - São tão bonitos! - exclamaram os amigos em coro - Obrigado! - agradeceram todos dando um abraço em conjunto.
             Nos dias seguintes visitaram outros sítios da cidade.
            No último dia da viagem, todos fizeram as malas e prepararam-se para o voo. Mas ainda havia uma pergunta que ninguém tinha respondido. Para onde seria o seu voo? Para casa? Ou para um novo destino?
            - Gostava que fôssemos para outro país passar uma semana.- disse Ana.
            - Daqui a pouco queres ir à lua! - ironizou Zé Miguel.
            Já passavam duas horas e o voo estava atrasado. O avião que iam apanhar partia da Madeira e passava de seguida em Marrocos e depois iriam para a outra paragem que ninguém sabia qual era.
            De repente, um funcionário do aeroporto chamou a professora e estiveram a falar durante uns longos quinze minutos. De seguida a professora veio ter com a turma, e disse:
            - Informaram-me agora que o nosso voo foi cancelado. O avião ficou retido na Madeira por causa dos ventos fortes.
            - Então porque é que não apanhamos outro avião?- perguntou Zé Miguel, com esperança de ter arranjado uma solução para o problema.
            - Não há mais nenhum. Todos os voos que nós poderíamos apanhar foram cancelados.
            - Então, o que fazemos agora?



Nota: capítulo II da história  de mão em mão, que o 8.ºB e a Francisca do 8.ºC construíram. Embora não tenha sido o texto selecionado para dar continuidade às "Histórias de mão em mão", foi um dos mais apreciados pelos professores do 8.º ano.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

PADLET

No âmbito da atividade "Prioridades da BE"
Dia 6 de fevereiro na biblioteca MJA dirigida aos coordenadores do departamento de línguas.