sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019
CONCURSO NACIONAL DE LEITURA - FASE MUNICIPAL
A VIAGEM - exposição e e-book
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a viagem,
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e-book,
exposição
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
DIA DOS NAMORADOS
DIA DOS NAMORADOS - leituras de amor e de amizade são as propostas de leitura do nosso KIT DA LEITURA
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
O Pisca não arisca -
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sábado, 9 de fevereiro de 2019
Histórias de m@o em m@o - (não selecionada),
Histórias
de m@o em m@o
Capítulo
II
Os três dias começaram a contar.
Cada dia, cada hora, cada minuto parecia demorar uma eternidade a passar. Os
amigos estavam todos tão ansiosos pela revelação dos resultados do
concurso que nem conseguiam aguentar a espera.
Até que,
finalmente, chegou o grande dia. Mal acabara a aula de história, os alunos já
se encontravam ao redor da professora, curiosos por conhecer o vencedor.
Os
cochichos que se ouviam pela sala foram interrompidos pela voz da professora, que
anunciou:
-
A vencedora é a … Carla!
Perante
a euforia da aluna anunciada, os restantes colegas não conseguiam evitar
transparecer um profundo desânimo. Sensibilizada com a tristeza dos seus
alunos, a professora decidiu recompensá-los pelo esforço e empenho que haviam
demonstrado na realização dos trabalhos e tomou a iniciativa de ir falar com a
diretora da escola com o objetivo de conseguir levar os seus alunos a uma
viagem de estudo cujo destino seria escolhido pela aluna vencedora.
Mais
tarde, já no gabinete da diretora, a professora de história mandou chamar a
Carla. Muito assustada, a aluna dirigiu-se ao gabinete sem perceber muito bem a
razão pela qual tinha sido chamada.
A
diretora começou por felicitá-la por ter vencido o concurso da turma e explicou-lhe
que ela teria a honra de escolher o destino de uma viagem que a sua turma
realizaria. Entusiasmada, a Carla sugeriu a Holanda uma vez que já conhecia
este país mas, ainda assim, continuava a suscitar-lhe muita curiosidade.
No
momento seguinte, Carla dirigiu-se à sala apressadamente. Não cabia em si de
contente. Que orgulho! O trabalho dela valera-lhe uma viagem para toda a turma!
Mas… como convenceria os colegas de que o destino ideal seria mesmo a Holanda?
Quando
entrou na sala, os colegas aperceberam-se de que o rosto de Carla irradiava
felicidade.
-
Tenho uma ótima notícia para vos dar.- informou Carla animada – A diretora da
escola acabou de me informar que a nossa turma ganhou uma viagem.
-
Que dia é hoje? 1 de abril? - ironizou Zé Miguel.
-
Está bem, está! Brinca mais, brinca! - comentou a Ana.
-
Mas afinal onde vamos?- perguntou David.
-
À Holanda... - respondeu a medo Carla com receio da reação dos colegas.
-
Eu já sabia! - exclamou Pedro - De certeza que foi ideia tua. Não percebo esse
teu fascínio por esse país!
-
Por razões óbvias! Então não sabem que é um país maravilhoso com paisagens de
cortar a respiração?! Quem nunca ouviu falar nos campos repletos de tulipas?-
interrogou Carla.
-
Ah pois é! - lembrou-se o Nuno - Tenho um primo que já me mostrou várias fotos
lindíssimas tiradas na Holanda.
-
Continuo sem perceber essa opção - teimou Pedro.
-
Porque se trata também de um país riquíssimo a nível artístico e cultural -
explicou pacientemente a Carla e continuou muito entusiasmada - Sabiam que
grandes artistas como Van Gogh ou Frans Hals eram holandeses?
Tinha
conseguido finalmente captar a atenção dos colegas, que a ouviam atentamente.
-
Mas Frans Hals nasceu na Bélgica! - contrapôs Pedro com ar sarcástico.
-
Tens razão. - admitiu Carla - Mas ele foi viver para a Holanda com apenas três
anos.
O
interesse nos rostos dos colegas era agora evidente. Carla decidiu assim jogar
a cartada final:
-
Não nos podemos esquecer também que foi na Holanda que Anne Frank e a sua
família se esconderam aquando da Segunda Guerra Mundial.
-
Mas não foi na Alemanha?- interrogou Pedro.
-
Não, se estivesses atento às aulas de Português saberias que Anne Frank nasceu
em Frankfurt, na Alemanha, mas foi para a Holanda quando tinha apenas quatro
anos pois a sua família procurou fugir ao ódio que os alemães começavam a
demonstrar pelos judeus - interveio a Ana.
-
Pois foi, já me lembro! - exclamou David que até agora permanecera calado - e
depois de ter estado escondida dois anos
por causa da perseguição dos nazis foi descoberta e levada para o campo de
concentração de Auschwitz onde morreu - continuou.
-
Não foi aí que ela morreu - interrompeu Miguel prontamente - Anne e a sua irmã
Margot foram levadas para Bergen-Belsen, na Alemanha, onde acabaram por morrer,
vítimas de tifo.
-
Então o que é que há na Holanda que tenha assim tanto interesse relacionado com
Anne Frank? - perguntou cético o Zé Miguel.
-
A casa de Anne Frank é um museu biográfico localizado em Amsterdão, capital do
Países Baixos - esclareceu Carla.
Um
silêncio percorreu toda a sala. Momentos depois, sem se conseguir controlar
mais, Zé Miguel levantou-se e dirigiu-se à Carla dizendo-lhe:
-
Olha, Carla, eu sei que és tu a escolher o destino da nossa viagem, mas, visto
que já foste à Holanda no verão passado, porque não optas por outro país e
outro continente?
-
Deixa-me adivinhar! Aposto que estás a pensar num país de África. - respondeu
Carla despeitada.
-
Claro! - confirmou prontamente Zé Miguel, e continuou sem demonstrar ter
reparado no tom da colega - E até te poderia sugerir Marrocos.
- Marrocos! - exclamaram em coro vários alunos
- Uau! Seria fantástico!
Carla
ainda hesitou por longos momentos pois não queria abandonar a sua ideia
inicial. Mas por fim, deixou-se convencer.
-
Ok, vamos então para Marrocos - concordou ela finalmente.
Uma
semana depois embarcaram rumo a Marrocos. Carla deixou-se contagiar pela felicidade
dos colegas. Dentro de uma hora e meia já estavam no continente africano. Era
tudo tão diferente, tão mágico que parecia ter saído de um conto de fadas. As
cores eram vivas e deixavam as pessoas de bom humor só pela sua vivacidade. Os
cheiros das especiarias e dos perfumes eram reconfortantes e agradáveis.
Estavam todos estupefactos com aquele sítio maravilhoso. Ninguém conhecia
aquele país, era tudo uma novidade.
- Que giro! Ainda bem que me
convenceram a escolher este destino - comentou Carla animada.
- Pois é. A minha ideia foi mesmo
genial! - retorquiu orgulhoso Zé Miguel. - E aposto que a comida também é
ótima! - acrescentou, soltando uma
gargalhada em conjunto com os seus amigos.
Era o primeiro dia ali, e já estava
tudo a ser tão divertido que não podiam esperar pelos outros dias. Seguiram
para o hotel onde iam ficar durante aquela semana. Era mesmo bonito! Tinha uma
piscina enorme no centro de um jardim cheio de flores coloridas e muito
cheirosas que ninguém conhecia. Os quartos eram grandes e muito confortáveis.
Todos se acomodaram e foram dormir depois do jantar.
No dia seguinte, tomaram o
pequeno-almoço e partiram cedo para o deserto do Saara.
- Será que vamos ver algum camelo?- questionou
Nuno.
- Por acaso, acho que vamos andar em camelos
pelo deserto. - informou a Ana.
- A sério? Sempre quis andar num camelo! -
comentou muito entusiasmado Nuno.
- Estás a falar a sério? -
interrompeu Zé Miguel - Pensei que íamos, apenas, caminhar pelo deserto. Mas,
andar de camelo é muito melhor.
- Concordo - disse David sorrindo.
Quando chegaram ao deserto, viram um
grupo de camelos que esperava por eles juntamente com os guias do passeio. Era
de manhã, mas mesmo assim estava muito calor, o que não incomodava ninguém,
pois estavam todos muito empolgados. Cada um subiu para o seu camelo e
começaram a sua visita. Subiram dunas gigantescas, tiraram várias fotografias
belíssimas da paisagem e divertiram-se imenso com os camelos.
Já no autocarro de volta ao hotel,
os amigos conversavam:
- Gostei tanto! - comentou Ana.
- Também eu! - concordou Carla com a
amiga.
- Por acaso, também gostei - disse Zé
Miguel - mas acho que vou gostar mais de ir visitar o centro da cidade.
- Eu também acho - replicou David.
Quando chegaram ao hotel, alguns foram
dar um mergulho à piscina, que estava incrivelmente fresca, o que era
espantoso, pois estava muito calor na rua, e outros foram passear pelos jardins
que rodeavam a piscina. Lá puderam ver flores com cores tão vibrantes que dava
vontade de sorrir só de olhar para elas.
- Estava tão maravilhada a ver as
flores do jardim, que nem me lembrava que já era hora de jantar - contava Carla
aos seus amigos enquanto se dirigiam ao restaurante do hotel.
Mal entraram por aquela portas,
sentiram logo um cheiro que os abraçava por dentro e lhe fazia crescer água na
boca. Então, deliciaram-se todos com aqueles sabores intensos e exóticos. Depois
foram dormir pois no dia seguinte tinham uma nova aventura à sua espera.
De manhã, quando estavam a caminho,
os professores anunciaram que eles iam a um vale onde podiam ver oásis de
palmeiras, rios e cursos de água límpidos.
Já no vale apenas entravam os raios
de sol mais persistentes, o que fazia com que fosse muito mais fresco ali do
que nos outros sítios. A água dos rios era fresca e cristalina. De vez em
quando, podia-se avistar um oásis de palmeiras.
No final do dia voltaram para o
hotel e aí a professora veio ter com eles, para anunciar o destino do dia
seguinte:
- Bom, amanhã iremos a um sítio
muito especial. Eu sei que muitos de vocês estão à espera deste dia. Nós iremos
ao centro da cidade.
- Finalmente! - disseram os amigos
em coro.
Nessa noite ninguém pregou olho.
Estavam todos tão entusiasmados que nem conseguiam adormecer. De manhã, ninguém
reclamou com o facto de terem de acordar tão cedo.
Hoje iam visitar vários sítios e
andar a pé pelo centro da cidade. A primeira paragem que iam fazer era num
jardim mesmo no centro da cidade. Tinha mais tipos de flores e plantas do que
algum deles imaginara que existisse. Tinham cores vibrantes e encantadoras, que
combinavam com os aromas relaxantes.
Quando saíram dali, foram pelas
estreitas ruas, umas sem saída, outras tão apertadas que tinham que ir em fila.
A segunda paragem era uma mesquita grandiosa,
imponente e decorada com azulejos.
- Uau! Nunca tinha estado numa
mesquita! - dizia David, encantado com tanta beleza.
Antes de entrarem, as raparigas
tiveram de cobrir os ombros. Ana ficara confusa com tal coisa, mas Carla
explicou-lhe que naquela cultura não era permitido que entrassem em mesquitas,
santuários e outros sítios sagrados com os ombros e pernas muitos destapados.
De seguida, foram comer a um
restaurante típico. Tinha várias lâmpadas e velas para iluminarem o ambiente e
alguns tapetes e sofás com texturas e padrões que tornavam aquele espaço muito
acolhedor e ao mesmo tempo misterioso.
Durante a tarde, foram passear pelas
ruas onde havia imensas tendas. Vendiam de tudo um pouco. Quando chegaram ao
hotel, os amigos sentaram-se a mostrar as recordações que tinham comprado:
- Eu comprei estes brincos com estas
pedras vermelhas! - dizia Ana admirando a sua joia.
- Eu comprei este quadro pintado à
mão! - mostrou David.
- É tão giro! Também queria um! -
comentou Ana admirando o quadro do amigo.
De repente o Zé Miguel e o Nuno
levantaram-se e saíram do hotel. Passados cerca de cinco minutos, voltaram com
um globo pequeno para cada um dos colegas.
- São tão bonitos! - exclamaram os
amigos em coro - Obrigado! - agradeceram todos dando um abraço em conjunto.
Nos dias seguintes visitaram outros sítios da
cidade.
No
último dia da viagem, todos fizeram as malas e prepararam-se para o voo. Mas
ainda havia uma pergunta que ninguém tinha respondido. Para onde seria o seu
voo? Para casa? Ou para um novo destino?
-
Gostava que fôssemos para outro país passar uma semana.- disse Ana.
-
Daqui a pouco queres ir à lua! - ironizou Zé Miguel.
Já
passavam duas horas e o voo estava atrasado. O avião que iam apanhar partia da
Madeira e passava de seguida em Marrocos e depois iriam para a outra paragem
que ninguém sabia qual era.
De
repente, um funcionário do aeroporto chamou a professora e estiveram a falar
durante uns longos quinze minutos. De seguida a professora veio ter com a
turma, e disse:
-
Informaram-me agora que o nosso voo foi cancelado. O avião ficou retido na
Madeira por causa dos ventos fortes.
-
Então porque é que não apanhamos outro avião?- perguntou Zé Miguel, com
esperança de ter arranjado uma solução para o problema.
-
Não há mais nenhum. Todos os voos que nós poderíamos apanhar foram cancelados.
Nota: capítulo II da história de mão em mão, que o 8.ºB e a Francisca do 8.ºC construíram. Embora não tenha sido o texto selecionado para dar continuidade às "Histórias de mão em mão", foi um dos mais apreciados pelos professores do 8.º ano.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019
PADLET
No âmbito da atividade "Prioridades da BE"
Dia 6 de fevereiro na biblioteca MJA dirigida aos coordenadores do departamento de línguas.
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