sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

A vida de Sofia

 

Palavras: azar, dote, avarento, trovoada, tapete

            Numa certa manhã de primavera, uma linda rapariga chamada Sofia decidiu dar um passeio pela floresta, mas o que ela não esperava era que, nesse dia e àquela hora, uma bruxa estivesse a passear pelo mesmo lugar, à procura de ingredientes para uma poção. Durante o passeio, começou a formar-se uma grande trovoada e Sofia teve de se recolher numa casa que encontrou na floresta que, por coincidência, era a casa da bruxa.

            Por fora, a casa parecia ser muito velha. Bateu a porta e uma voz do interior disse-lhe para entrar e ela entrou. Reparou, de imediato, num grande tapete à entrada, muito gasto e velho. Ao fundo, sentada numa cadeira, em frente à lareira, estava uma velhinha e, ao seu lado, estava um banco, também ele velhinho, no qual ela se sentou, depois de ver a visita, mas, para seu azar, uma das pernas do banquinho partiu e ela caiu.

            Sofia riu com aquele episódio comovente, mas insólito. Pouco tempo depois, e já dentro da casita, a velhinha convidou a Sofia para lanchar e ela aceitou.

Depois de lancharem, Sofia teve de voltar para casa porque já estava tarde e a trovoada já tinha passado. Assim que chegou em casa, os pais dela perguntaram-lhe onde ela tinha passado o dia e ela contou tudo o que se tinha passado. O seu pai não acreditou que tal velhinha a pudesse ter ajudado, porque, como ele é uma pessoa muito avarenta, pensa que todos são como ele, que não gostam de ajudar os outros.

O pai de Sofia era uma pessoa muito tradicional na maneira de pensar, sobretudo no que dizia respeito aos costumes. Como o seu pai era muito avarento, estava difícil arranjar um noivo para a Sofia, dado que, nessa época, era normal o pai da noiva dar um dote ao futuro marido da filha. O pai queria escolher o noivo, mas Sofia gostava de uma outra pessoa, mas de um nível social mais baixo, isto é, sem “eira nem beira”.

Sabendo das intenções do pai, Sofia fugiu de casa e acabou por ir para casa da velhinha, a tal bruxa que ela conheceu na floresta. Esta ameaçou o pai de Sofia para a deixar em paz.

Sofia acabou por ir ao encontro da pessoa de quem ela gostava. Conheceram-se e, mais tarde, noivaram. A casa da bruxa passou a ser o lar de Sofia. Esta era a filha que ela nunca teve.

Bárbara, 8º E e pais

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