sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

A Profecia da Corcunda

 

Palavras: Feiticeira, Corcunda, Ladrão, Montanha e Dragão

Há muitos, mas muitos anos, num velho castelo que se situava em cima de uma alta montanha, conhecida como a Montanha do Dragão, vivia uma nova rapariga, protegida pelo seu fiel Dragão, falante, Manuel.

A Menina não podia sair do seu castelo, porque quando era mais nova lhe tinha sido lançada uma maldição que, segundo uma velha profecia, se saísse algum dia do seu castelo no mesmo momento passava de uma bonita e nova rapariga a uma velha e feia corcunda.

Certo dia a Menina estava à varanda de seu castelo a falar com seu Dragão e disse o seguinte:

- Manuel, eu faria de tudo para poder sair deste velho castelo, mas não me quero tornar numa velha e feia corcunda. – Lamentou-se.

- Mas, Menina, sabe que isso não poderá acontecer. – Desculpou-se.

- Manuel, e se procurássemos alguém par desfazer a velha profecia. Sei lá…, tipo uma feiticeira, de certeza que há uma boa o suficiente neste mundo. – Disse a Menina entrando em desespero.

- Já falei com todo o tipo de criaturas mágicas possíveis, incluindo duendes e fadas, que são as criaturas mais sábias e que conhecem todo o tipo de feitiços, artefactos mágicos, bruxas e feiticeiras possíveis e ninguém conhece feiticeira suficientemente boa para desfazer a velha profecia. – Manuel afirmou mais calmamente.

- Quem terá sido a alma maldosa que criou profecia tão bem feita que ninguém a consiga desfazer? – Perguntou.

- Eu não lhe contei? – Perguntou Manuel, admirado.

- Não me contou o quê? – Perguntou a Menina.

- Noutro dia estava à conversa com a Fada Hidra e ela contou-me que tinha sido o próprio Merlim que teria criado a profecia. – Afirmou Manuel, como se nada fosse.

- Mas a minha pergunta agora é. Porque Merlim teria criado profecia tão maldosa? – Perguntou a Menina.

- Isso eu já não sei, mas o velho Duende, Sirius, já dizia que Merlim era um bruxo muito malvado e ambicioso, por isso, muito provavelmente, foi para se vingar de alguém. – Esclareceu.

- Estou a ficar com fome, vou entrar. – Disse a menina, terminando a conversa.

No mesmo instante que a menina entrou no castelo, ouviu-se um grande estrondo na porta das traseiras. A Menina estava agora em perigo, algum ladrão tinha vindo à procura das grandes riquezas do castelo. A Menina, corajosa como era, confrontou logo o ladrão, usando os seus poderes de gelo e a sua varinha, mas mesmo assim não resultou, o ladrão tinha uma arma. Então não tendo mais opções ,a Menina, esquecendo-se da profecia, saltou para cima do seu dragão, saindo, finalmente, depois de tantos anos da grande Montanha.

Depois de muito voar, finalmente pousaram em terra e foi ai que o Dragão reparou que a profecia era de facto verdadeira e que se tinha realizado:

- Tenho muita pena em dar-lhe esta notícia, mas, de facto, a profecia realizou-se e a Menina passou de um linda e nova rapariga a uma velha e feia corcunda.

- Ahhh! – Gritou a menina. – Agora o que eu mais quero é conseguir encontrar alguma feiticeira boa o suficiente para desfazer o feitiço, nem que seja a única e última coisa que eu faça de interessante na minha vida! – Afirmou determinada.

- Não se preocupe, eu ajudá-la-ei nesta missão. – Disse o Manuel, tentando acalmar a Menina.

- Obrigada, Manuel, agora vamos fazer-nos ao caminho que não temos o resto da vida! – Disse impaciente.

Eles voaram durante dias, talvez semanas ou até meses, até que um dia os dois, cansados e com fome, deram conta que tinham ido da América do Sul até à Ásia, mais propriamente, Japão, o reino das criaturas mágicas, dos ninjas, dos gigantes, das bruxas, da feitiçaria, das fadas e dos duendes mais sábios. Era lá onde vivia o Duende Draco e a Fada Andrómeda, dois amigos de infância do Manuel.

No Japão, ficaram hospedados no Hotel para criaturas e todo o tipo de espécies, onde no seu primeiro pequeno-almoço encontraram os amigos de infância do Manuel, Draco e Andrómeda. No mesmo instante Manuel decidiu apresentar os seus amigos à Menina:

- Então, menina, estes são o Draco e a Andrómeda e eles podem ajudar-nos a encontrar uma feiticeira para quebrar a profecia. 

- Oh, a sério! Eu adoraria, espero que nos demos bem. – Afirmou a Menina.

- Bom, Menina, eu e a minha colega Andrómeda, vamos ajudar, mas, antes, precisamos de saber o que lhe aconteceu. – Disse Draco.

- Então, quando eu era mais nova, uma bruxa lançou-me uma profecia que dizia que, se eu saísse do meu castelo, tornar-me-ia numa velha e feia corcunda, como se pode ver.

Depois de terem contado tudo o que tinha acontecido nos últimos dias ao duende e à fada, os dois disseram que conheciam alguém que poderia quebrar finalmente a profecia:

- Manuel, e quem a seria pessoa com tamanha inteligência para quebrar uma profecia criada por Merlim? – Perguntou a Menina a Manuel.

- Isso eu não sei, Menina, mas Draco e Andrómeda devem saber. – Afirmou.

- Claro que sabemos. Não é verdade, Andrómeda? – Disse Draco.

- Isso mesmo, a feiticeira Lisete sabe, de certeza, acabar com a profecia. – Esclareceu Andrómeda.

- E onde mora tamanha inteligência? Para podermos acabar com isto mais cedo. – Perguntou a Menina com pressa.

- Mora na zona sul, só o Draco sabe onde se localiza. -  Esclareceu Andrómeda.

- Então, como vamos para lá, Draco? – Perguntou Manuel.

- No nosso escritório há uma chave do portal que nos permite irmos diretos para zona, Manuel, e aí vamos diretos para o laboratório dela. – Disse Draco.

- Então do que estamos à espera? O Manuel leva-nos até ao vosso escritório. – Apressou-se a Menina.

- Vamos, subam todos. – Disse Manuel.

Ao montarem todos no Manuel, foram até ao escritório de Draco e Andrómeda para viajarem através da chave do portal para irem até a zona sul. Ao chegarem à zona sul foram até ao bar “Criaturas Traiçoeiras”, onde as criaturas mágicas daquela zona se reuniam para conviver umas com as outras. Nesse bar havia uma misteriosa porta que Manuel e a Menina estavam muitos curiosos para saber o que estava atrás dela.

- O que se situa atrás daquela porta, Draco? – Perguntou a Manina ao Duende.

- Atrás daquela porta fica o laboratório da feiticeira Lisete, a feiticeira que nos vai ajudar. Vou pedir a chave ao Troll Barman. – Esclareceu Draco.

- Boa tarde, Troll, dê-me a chave do laboratório de Lisete. – Pediu Draco.

- Muito boa tarde, senhor Draco, preciso de lhe perguntar qual o motivo da sua visita.

- Uma Menina veio de terras da América do Sul para quebrar uma profecia. – Draco esclareceu o Troll.

- Sendo assim, aqui têm. – Falou o Troll, entregando a chave a Draco.

Quando Draco voltou com a chave, a Menina só conseguia pensar com seria a feiticeira Lisete. Seria nova, velha, bonita, feia, loira ou morena? Mas, lá no fundo, a menina esperava que Lisete fosse uma velha cheia de verrugas. Draco abriu a porta velha, e menina ficou surpreendida com a beleza da Feiticeira Lisete:

- Draco, Andrómeda, a que devo a visita? – Perguntou Lisete, entusiasmada.

- Viemos de norte para quebrar uma profecia lançada a esta Menina que veio de terras Sul Americanas. – Esclareceu Andrómeda.

- Oh, claro, muito prazer em conhecê-los! Eu sou a Lisete. – apresentou-se a feiticeira à Menina e ao Manuel.

- O prazer é todo meu, espero que consiga quebrar a profecia que me foi lançada. – Agradeceu a Menina à Lisete.

- Claro que consigo. – Disse Lisete, relaxando a Menina. – Eu já não via uma profecia criada por Merlim há muito tempo, deve ter sido por isso que ninguém a tenha conseguido quebrar, mas eu tenho a poção e o feitiço perfeitos para conseguir quebrar a profecia.

- Então do que estamos à espera, vamos é quebrar a profecia. – Apreçou-se Manuel.

- Isso mesmo, entrem, que eu vou fazer a poção para a Menina beber. – Pediu Lisete.

Depois de entrarem no laboratório de Lisete, a Menina bebeu a poção que a feiticeira lhe deu e, depois disso, os efeitos começaram a aparecer. A Menina deixou de ser corcunda, mas ainda continuava uma velha. Ainda precisa que lhe lançassem um feitiço para voltar a ser completamente uma bonita e nova rapariga:

- Agora vai ter que ficar muito quieta para eu lhe poder lançar o feitiço para voltar a ser uma bonita e nova rapariga, Menina. – Afirmou  Lisete.

- Ok. – Agradeceu a Menina.

 Lisete, logo a seguir, lançou o feitiço à Menina que passou, no mesmo momento, a uma bonita e nova rapariga:

- A menina, finalmente, pode voltar ao seu castelo e viver normalmente com Manuel, mas, de horas enquanto, ligue-me para poderemos falar. – pediu Lisete à Menina.

- Não se preocupe, eu ligarei e também desfrutarei muito da minha liberdade, finalmente, já que agora já posso sair do meu castelo sem me verem como uma velha e feia corcunda. – Finalizou a Menina.

Depois disso, a Menina, o Manuel, o Draco e a Andromeda dirigiram-se novamente para o hotel para, depois disso, irem de novo para terras sul americanas:

- Adeus, Draco! Adeus, Andrómeda! Foi bom rever-vos. – Despediu-se o Manuel dos seus amigos de infância.

- Adeus, Manuel! Adeus, Menina, façam boa viagem. – Desejou Andrómeda.

A viagem para casa foi tão calma que nem pareceu que tinham viajado o mundo inteiro. Chegaram a casa os dois cansados, mas muito felizes por terem finalmente conseguido quebrar a profecia lançada à Menina e, agora, ela poderia andar à vontade, por onde quisesse, que não se transformaria numa velha e feia corcunda.


Manuela, 8º E


Sem comentários:

Enviar um comentário